A FORMAÇÃO SIMBÓLICA EM “O MÁGICO DE OZ”

Bruno Silveira, Yasmin Oliveira Costa, Cristiana Rezende Gonçalves Caneda

Resumo


A função paterna é a que separa mãe e bebê para poder dar as bases da simbolização, pelo início das relações triangulares, ou a base do pensamento simbólico. No seu processo de estruturação e fundamentação do desejo de ter, ser e saber, o ser humano passa de objeto a sujeito quando vivencia o seu complexo de Édipo, onde substitui o objeto perdido por outro. O símbolo é uma pulsão representativa, simbolizar é sentir a perda e os contos de fadas possibilitam perspectivas de compreensão que abrangem as questões que tocam no campo do simbólico e da subjetividade infantil. Sendo assim, procuramos promover uma reflexão sobre a articulação da simbologia que permite dar sentindo as angústias ligadas ao desenvolver-se na infância utilizando a formação simbólica do sujeito encontrada na obra “O Mágico de Oz”, conto de L. Frank Baum, e também na icônica versão produzida para os cinemas em 1939. Desta forma, a revisão de bibliografia utiliza a literatura infantil como referência a questões inconscientes que constituem um importante instrumento no espaço psicanalítico de tratamento. As histórias infantis como referências simbólicas a questões inconscientes constituem um importante instrumento durante o período edípico e a angústia da castração, sendo, portanto, fundamentais para a estruturação da personalidade e fundamentação do desejo de ter, ser e saber. O Mágico de Oz constitui-se como um conto clássico de acordo com as situações realistas e mundanas, suas problemáticas e sua sequência de cenários e situações fantásticas fundamentais pelo significado simbólico atribuídos pela criança. A simbologia da função paterna representada na história possibilita que Dorothy possa lidar com suas questões inconscientes. O amadurecimento está em retirarmos a projeção mágica e infantil do nosso poder pessoal de outro e assumirmos a responsabilidade por nossas vitórias e fracassos.

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