A REDE DE APOIO SOCIAL DE MULHERES TRANSEXUAIS E TRAVESTIS

Francielle Gonçalves Mendonça, Laura Morais Machado

Resumo


INTRODUÇÃO: A transexualidade e a travestilidade são experiências identitárias socialmente construídas, entretanto, ao serem formadas em resistência às normas de gênero, são socialmente marginalizadas e acabam ficando vulneráveis a violências física, simbólica e estrutural. Desta forma, a rede de apoio social acaba por possuir um papel de grande importância no que diz respeito ao enfrentamento dessas violências, constituindo-se como fator protetivo fundamental. OBJETIVO: Verificar a importância da rede de apoio social de mulheres transexuais e travestis. METODOLOGIA: Foi utilizada a revisão narrativa para análise dos materiais selecionados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os transgêneros são a população mais vulnerável às violações de direitos humanos. Neste sentido, a rede de apoio exerce um papel de extrema relevância no que concerne ao enfrentamento da violência contra estes indivíduos. Desta maneira, o apoio social torna-se essencial, pois auxilia de forma positiva no desenvolvimento do ser integral, além de fornecer auxílio no manejo de situações adversas. Verifica-se através da presente investigação, que o estigma e a abjeção arraigados na sociedade dominante em relação a quem foge da norma, somados a uma rede de apoio enfraquecida ou inexistente, resulta na invisibilização, exclusão e desamparo social deste grupo. CONCLUSÃO: Devido à forte estigmatização, exotificação e preconceito, sujeitos transgêneros necessitam de uma rede que favoreça o desenvolvimento de uma experiência identitária pautada na não patologização e na integração social. O apoio social e afetivo eficiente está associado à prevenção de violência e ao fortalecimento de competências, bem como do senso de pertencimento e da maior qualidade dos relacionamentos.


Palavras-chave


Transexualidade; identidade de gênero; suporte social.

Referências


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Transgender Europe. Disponível em: http://tgeu.org


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