A CRIANÇA E O ADOLESCENTE EM ATENDIMENTO PSICOLÓGICO: O PACIENTE IDENTIFICADO

Resumo

INTRODUÇÃO: O paciente na dinâmica relacional familiar, sob a ótica da teoria sistêmica, também é nomeado como paciente identificado, sendo este o depositário do sintoma familiar. A posição de depositário do sintoma familiar prejudica diálogos e reflexões sobre as relações entre os membros da família, o que se associa a fatores de risco individual e familiar. OBJETIVO: Identificar se o encaminhamento de crianças e adolescentes para a Clínica Escola Núcleo de Atendimento Psicológico (NAP), está relacionada à demanda do contexto familiar. METODOLOGIA: Foi realizado um questionário através do formulário online do Google, com os estagiários da Clínica Escola NAP, da Universidade Ulbra, Cachoeira do Sul do ano de 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos dados coletados aponta que 76% dos casos de crianças e adolescente estão correlacionados com a dinâmica familiar. O movimento do grupo familiar em negar questões pessoais e conflitos existentes, diz muito sobre a saúde mental da família, com isso, é eleito um membro familiar como paciente. Geralmente a sintomatologia da criança e do adolescente, reflete a doença em um ou ambos os pais, ou na situação social desse sujeito, sendo isso o que necessitará de atenção. CONCLUSÃO: Apresentar um membro da família como único a precisar de atendimento psicológico é muito comum, e a criança e o adolescente geralmente representam a maioria desses casos. Os resultados do levantamento realizado apontam que é importante o engajamento dos cuidadores no processo terapêutico, para proporcionar um ambiente mais saudável para a melhoria da saúde mental do paciente.