MASCULINIDADES EM TRANSFORMAÇÃO: UMA REVISÃO TEÓRICA

Laíne Domingues dos Santos, Francielle Gonçalves de Mendonça, laíne domingues dos santos, laíne domingues dos santos, laíne domingues dos santos

Resumo


INTRODUÇÃO: No séc. XVIII, com o advento do capitalismo e o surgimento de novas configurações sociais e políticas, há o deslocamento dos lugares até então conhecidos sobre o que é ser homem ou ser mulher. Após a Revolução Industrial as mulheres adentraram espaços públicos antes destinados exclusivamente a homens e, a partir disso, a categoria masculina tenta se reconstruir através da consolidação de uma masculinidade hegemônica, onde a norma desviante passar a ser repelida e punida. OBJETIVOS: Promover uma reflexão acerca da construção das masculinidades e suas transformações nos contextos históricos, sociais e culturais. METODOLOGIA: Revisão narrativa de literatura, a partir de artigos selecionados e disponíveis no ambiente Scielo e Google Acadêmico. RESULTADOS: A definição da masculinidade hegemônica está pautada na polaridade negativa (não seja mulher, não expresse sentimentos) e imperativa (seja viril, forte), e no dispositivo da eficácia sexual e laborativa. Com a expansão do capitalismo, essas definições são questionadas, ocasionando uma crise na identidade masculinista. Desta forma, ocorre a perda de uma posição já conhecida e assim, novas configurações de masculinidades ganham espaço, ocorrendo o deslocamento de lugares imaginários, reais e simbólicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ideia de um dimorfismo sexual e os sentidos relacionados a gênero são interpelados na contemporaneidade, convocando a lançar um olhar que rompa com concepções dualistas, binárias e polarizadas, proporcionando furos nos modelos rígidos, primitivos, arcaicos e nas categorias fixas acerca das masculinidades, para assim ultrapassar as fronteiras rígidas e intransponíveis de gênero.

Palavras-chave


Masculinidades, gênero, dispositivos

Referências


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