A HISTERIA NA CLÍNICA CONTEMPORÂNEA
Resumo
INTRODUÇÃO: Através da prática do estágio de Processos Clínicos e Psicoterapêuticos, realizado no Núcleo de Atendimento Psicológico (NAP), surgiu a necessidade de analisar diferentes conceitualizações da neurose histérica dentro da teoria psicanalítica. OBJETIVO: Compreender o funcionamento histérico na contemporaneidade. METODOLOGIA: Este trabalho se trata de uma revisão narrativa de literatura. RESULTADOS: Apesar do termo histeria ter sido varrido dos manuais psiquiátricos, os sintomas histéricos ainda aparecem por completo na clínica. Foi a partir da teoria do trauma e posteriormente da teoria da fantasia que Freud levantou os principais achados da neurose histérica, concluindo que o principal mecanismo de defesa da histeria seria o recalcamento, pois o esforço em tentar evitar os vestígios do trauma é mais impactante do que o trauma em si. Com a proliferação do uso do termo borderline o conceito de histeria foi sendo esquecido e a sua sintomatologia foi sendo inserida em novos quadros diagnósticos, porém cabe salientar que o diagnóstico psicanalítico se difere do diagnóstico psiquiátrico e que é importante compreender a origem da histeria para orientar a escuta do psicanalista. CONCLUSÃO: Apesar de um recalcamento do conceito de histeria e da sua suposta substituição por novos transtornos, o reducionismo ou até mesmo o desmembramento da sua sintomatologia em novos quadros não evitará que o sofrimento do histérico apareça na clínica por completo, sendo assim, é importante buscar aporte teórico para compreender melhor o manejo da histeria na clínica contemporânea.
Palavras-chave: neurose histérica, trauma, diagnóstico psicanalítico
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