A AUTOMUTILAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA SOB O OLHAR DA PSICANÁLISE

Bruno da Costa Behlke, Laura Morais Machado

Resumo


INTRODUÇÃO: A adolescência é designada como a etapa do ciclo vital localizada após a infância e antes da fase adulta que compreende a vivência de intensas modificações biológicas e psicossociais. É nessa fase que o sujeito inicia reflexões mais elaboradas e começa a questionar àqueles que fazem parte do seu meio e também a si mesmo. Trata-se de um período vulnerável dadas as intensas mudanças que se fazem presentes, podendo causar, em alguns casos, um desequilíbrio. Já a automutilação é entendida como o ato de se machucar intencionalmente, de forma superficial, moderada ou profunda, sem intenção suicida consciente. OBJETIVOS: Compreender a prática da automutilação na adolescência sob a ótica da Psicanálise. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão narrativa de literatura a respeito do tema. RESULTADOS: Na visão psicanalítica, a automutilação é percebida em várias configurações, podendo ser compreendida como um acting-out ou como uma passagem ao ato. Quando entendida como acting-out, é vista como punição, simbolização, substituição da dor psicológica pela dor física e tentativa de controle sobre si e sobre os outros e suas demandas. Já quando entendida como sendo uma passagem ao ato, ocupa o lugar de alívio, funcionando como uma fuga da cena e busca por apaziguamento. CONCLUSÃO: Percebe-se que a automutilação pode constituir-se como um meio encontrado pelo jovem para suportar os conflitos próprios da adolescência ou deles tentar escapar. Assim, entende-se que, do ponto de vista psíquico, a automutilação surge a partir da dificuldade de colocar em palavras o sofrimento. 

 

Palavras-chave: adolescente, autolesão, psicanálise.


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