FATORES SÓCIO-CULTURAIS E ECONÔMICOS QUE INTERFEREM NA ADESÃO A CONSULTA DE PUERICULTURA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Bianca dos Santos Lima, Fernanda Quevedo Alves

Resumo


Introdução: A primeira infância constitui-se uma das etapas mais importantes para a saúde da criança,pois neste período ocorre ocrescimento e desenvolvimento de processos vitais,adquirem-seexperiências e habilidades que se tornam cada vez mais complexas. A puericultura consiste em um conjunto de orientaçõessobre a arte de cuidar das crianças, sendo recentemente denominada, como Pediatria Preventiva, a qual tem como objeto a criança sadia com alvo em um adulto saudável. Sendo o enfermeiro o responsável pela consulta e por investimento de tempo na área de promoção e prevenção da saúde, com enfoque também em outros cuidados pertinentes, essa prática assistencial foi legalizada pela LeiNº 7.498/86, a mesma que regulamentou essa atividade como privativa do enfermeiro. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar os principais desafios vivenciados na adesão da consulta de Puericultura na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência acadêmica, da disciplina de Módulo de Prática Supervisionado em Saúde do Neonato, do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) Campus Cachoeira do Sul, foram utilizadas também pesquisas na literatura existente e a localização das fontes de dados ocorreu em biblioteca convencional e em sistemas de busca na internet, como Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual da Saúde, as obras pesquisadas envolveram o período de 2013 a 2016. Resultados: pode-se perceber a partir da prática vivenciada que as vulnerabilidades sócio-culturais e econômicas destas famílias foram às principais dificuldades encontradas para que se tenha uma boa adesão às consultas de puericultura. Com base nestes conhecimentos práticos, verificou-se também que a visita domiciliar realizada pelo enfermeiro e pela equipe de agentes comunitários é de fundamental relevância para que se tenha uma consulta mais qualificada e adequada à realidade destas pacientes. Observou-se também que durante as consultas de puericultura o enfermeiro preocupou-se em atender a criançade forma sistematizada e organizada, a fim de proporcionar um cuidado integral e qualificado, visualizando ela e a família em sua integralidade e subjetividade, respeitando seus valores e culturas. Conclusão: por fim, pode-se constatar que o enfermeiro, no uso de suas atribuições embasado cientificamente, deve conhecer todas as singularidades que a área do ESF abrange,onde as visitas domiciliares são um instrumento que auxiliam na realização de práticas de promoção a saúde e de cuidados integrais a saúde e sua família, centrado na identificação desituações de risco como também prevenção e promoção à saúde. Criançasque tenham algum tipo de patologia que as tornem mais frágeis que as demais. Assim, conclui-se que as consultas de puericultura resultam de forma positiva nas açõesde educação em saúde, pois conta com a criação do vínculo com as famílias, que está ligada a prevenção de agravos e de retardo no desenvolvimento destas crianças. No entanto fatores como baixa escolaridade materna, fatores culturais da comunidade, pouco vínculo com agente de saúde, enfermeiro, falha no acolhimento no ESF, são fatores preponderantes para baixa adesão nas consultas de puericultura.


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