A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NO MANEJO DA DOR EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Caroline Garske, Katiele Carvalho, Fernanda Quevedo Alves

Resumo


Introdução: A sensação dolorosa é definida como uma experiência social e emocional desagradável, sendo sempre subjetiva. Durante muito tempo a dor em prematuros não foi motivo de preocupação para equipes e pesquisadores, pois, acreditavam que os mesmos eram incapazes de sentir dor. Porém, na atualidade é plenamente aceito que os prematuros possuem capacidade neurológica para perceber a dor e responder aos estímulos por meio de alterações fisiológicas, bioquímicas e comportamentais. Apesar do avanço tecnológico e científico das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), a terapêutica necessária os expõe a muitos procedimentos dolorosos, muitas vezes inevitáveis. Os profissionais de enfermagem tem responsabilidade quanto à avaliação da dor nos prematuros, assim como, a implementação de medidas de prevenção, redução ou eliminação do desconforto produzido, utilizando a dor como quinto sinal vital. Devido à subjetividade da dor e a dificuldade na comunicação verbal, torna-se a avaliação da dor no prematuro uma tarefa desafiante para os profissionais da saúde. Objetivo: Evidenciar a atuação da enfermagem no manejo da dor em prematuros internados em UTIN, conhecer os parâmetros fisiológicos, bioquímicos e comportamentais e a adequada aplicação de medidas de alívio utilizadas pelos profissionais de enfermagem. Metodologia: Foram realizadas buscas retrospectivas, publicadas em periódicos científicos como LILACS e SCIELO, no mês de junho de 2017. Resultados: O manejo e o controle da dor do prematuro internado em UTIN é uma constante preocupação dos profissionais de enfermagem, uma vez que os mesmos estão expostos a múltiplos eventos estressantes. O profissional de enfermagem é quem está mais próximo à assistência do prematuro, ele identifica, avalia e notifica a dor. A partir desta avaliação a equipe estabelecerá a melhor forma de alívio da dor, que pode ser farmacológica e/ou não farmacológica. Merecem destaque as medidas não farmacológicas para o alívio da dor, na sua maioria de baixo custo, fácil aplicação e com riscos de complicações pequenas. Utilizam-se como instrumento de mensuração e registros, as escalas de dor, que proporcionam informações sobre as respostas individuais dos prematuros. No que se refere aos parâmetros fisiológicos e comportamentais do prematuro frente a exposições dolorosas pode-se observar alteração na frequência cardíaca e respiratória, saturação de oxigênio, expressão facial, choro e flexão de membros. Quanto às medidas utilizadas para alívio da dor pode-se aplicar a sucção não nutritiva, mudanças posturais, enrolamento, método canguru, manuseio mínimo, aleitamento materno, diminuição da luminosidade e ruídos e uso de substâncias adocicadas como glicose 25%. Conclusão: A dor sentida pelos prematuros deve ser considerada e tratada. Os profissionais de enfermagem envolvidos no cuidado devem sensibilizar-se com o sofrimento destes, estando aptos para identificar e avaliar o sentimento da dor em um ser humano que ainda não verbaliza. Observou-se que muitos são os métodos não farmacológicos que podem ser utilizados para aliviar a dor do prematuro. Contudo, a identificação ainda pode ser melhor sistematizada e menos fragmentada pela enfermagem. Espera-se que este trabalho possa conscientizar, alertar, sensibilizar e mobilizar os profissionais para a importância de um olhar mais integral, garantindo a efetividade de uma assistência humanizada.


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