Púrpura Trombocitopênica Idiopática - PTI

Isadora Silveira Marques, Carine Silveira Trindade Stangarlin, Laísa Xavier Schuh

Resumo


Introdução: Púrpura Tombocitopênica Idiopática ou imune (PTI) é uma patologia autoimune apresentando incidência de 4-8 casos/100.000 pessoas/ano, na qual trombócitos são opsonizados por anticorpos e destruídos por macrófagos, resultando num aumento exacerbado da destruição das plaquetas. É de aparecimento súbito, tendo sua forma aguda pouco reconhecida pelo portador e com cura em até seis meses, tornando-se crônica e com necessidade de tratamento medicamentoso ou cirúrgico quando ultrapassam este prazo. Objetivo: Conhecer o mecanismo de surgimento da patologia, suas manifestações, diagnóstico e terapias comuns. Metodologia: Revisão de literatura desenvolvida através de material bibliográfico obtido na base de dados SciELO, no período de maio de 2017. Foram selecionados 08 artigos pela relevância publicados no Brasil nos últimos 10 anos. Resultados: A PTI é comum na infância, desencadeada por drogas ou outras doenças prévias como doença linfoproliferativa, mielodisplasia ou lúpus eritematoso sistêmico em crianças saudáveis por uma infecção grave, após aumento exacerbado da produção de anticorpos. Existem dois mecanismos de ação: as plaquetas são opsonizadas por anticorpos e ligam-se às células apresentadoras de antígenos, sendo fagocitadas e destruídas, ao tempo que células apresentadoras de antígenos amplificam a resposta imune inicial, e reconhecem glicoporteínas das membranas dos trombócitos, ou pela trombocitopoiese infeciente. Suas manifestações variam de assintomática à grave, havendo petéquias, focos de hematomas em mucosas e tecido cutâneo, epistaxe, menorragia de manejo difícil, melena e episódios hemorrágicos, podendo necessitar de internação hospitalar e transfusão sanguínea. O diagnóstico se dá por exames clínicos e de sangue, excluindo outras patologias que gerem trombocitopenia, confirmando PTI quando há contagem plaquetária mediana em 150x109/L associada a manifestações clínicas exclusivamente hemorrágicas, sem outras alterações do hemograma e do coagulograma. Terapias buscam diminuir ou bloquear a produção de anti-corpos, inibir a captação dos receptores do macrófago, eliminar os sítios de maior destruição plaquetária e aumentar a produção de trombócitos pela medula óssea, visando a ausência de manifestações hemorrágicas, a manutenção do número plaquetário e gerar mínimos efeitos secundários sendo utilizados esteroides, imunoglobulinas e esplenectomia. A PTI é considerada em atividade quando a quantidade de plaquetas está em contagem de <100x109/L, sua forma aguda quando a trombocitopenia tem remissão dentro de 06 meses, e crônica quando persiste mais de do que este prazo. A remissão é confirmada quando há 02 contagens plaquetárias consecutivas com número de plaquetas ≥100x109/L. Conclusão: Conclui-se que a PTI é uma patologia autoimune pouco divulgada e com manifestações graves, que afetam o cotidiano de seus portadores. Tem um diagnóstico difícil por ser uma manifestação encontrada em diversas outras doenças, porém necessita ser preciso para uma conduta terapêutica correta.


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