O PAPEL DO ENFERMEIRO NO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA
Resumo
Introdução: Os Serviços de Hemoterapia e Bancos de Sangue são instituições de importância social e suporte à realização de tratamentos, como transplantes, quimioterapias e cirurgias, atendendo pacientes que, sem reposição sanguínea, podem evoluir ao óbito. A doação e a transfusão de sangue requerem o comprometimento de uma equipe de saúde e o trabalho conjunto para diminuir os riscos ao paciente. No Brasil, as competências e atribuições do enfermeiro em hemoterapia são regulamentadas pela Resolução 306/2006 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a qual estabelece a sua responsabilidade pelo planejamento, execução, coordenação, supervisão e avaliação de procedimentos de hemoterapia nas unidades de saúde. Objetivo: Analisar a atuação do profissional enfermeiro em um Serviço de Hemoterapia. Metodologia: Constitui-se de pesquisas na literatura; a localização das fontes ocorreu em biblioteca convencional e em sistema de busca na internet como SciELO (Scientific Electronic Library Online). Foram definidas as seguintes palavras chaves: Serviço de Hemoterapia, Enfermagem, Transfusão de Sangue. As obras pesquisadas foram de 2011 a 2016. Resultados: O Serviço de Hemoterapia é um setor particularizado que exige conhecimentos específicos do profissional enfermeiro para atuar com responsabilidade e competência. Estudos apontam dificuldades relatadas pelos enfermeiros que desenvolvem suas funções nestes serviços, como: cobrança de conhecimento específico; ausência ou ineficiência tanto do treinamento realizado na admissão profissional, como de programas de aperfeiçoamento; manejo e monitorização de equipamentos específicos do setor e a sensação de não se sentirem suficientemente capacitados para atuar na área. Os profissionais de enfermagem executam um papel fundamental na segurança transfusional, sendo necessário conhecer as indicações, a checagem de dados para a prevenção de erros, a orientação aos pacientes sobre o procedimento e a detecção e assistência no atendimento às reações transfusionais, além de documentar todo o processo. A ação desse profissional pode diminuir os riscos e danos aos pacientes que recebem a transfusão sanguínea. No entanto, profissionais com pouco conhecimento em hemoterapia e sem habilidades suficientes podem causar complicações e danos importantes aos receptores de sangue. Conclusão: Através do estudo realizado, conclui-se que a terapia transfusional é um processo complexo e, quando indicada, precisa de uma administração correta, respeitando todas as normas técnicas preconizadas, pois complicações relacionadas à transfusão podem ocorrer, e algumas delas podem trazer sérios prejuízos aos pacientes, inclusive fatais. Sendo assim, constatou-se, por meio deste estudo, que a assistência de enfermagem em todo processo transfusional deverá ser feita por profissionais habilitados e, em condições seguras ao paciente e com estrutura e recursos para atender possíveis intercorrências. A assistência de enfermagem por meio da atuação de um profissional enfermeiro competente e habilidoso, é de suma importância, tornando-a indispensável para o paciente submetido a hemotranfusão; pois o conhecimento técnico-científico deste profissional permite o delineamento de medidas e atividades que objetivam melhorar, manter e promover a qualidade da assistência prestada e, conseqüentemente, a melhoria de vida do paciente submetido a hemotransfusão.
Palavras-chave: Serviço de Hemoterapia, Enfermagem, Bancos de Sangue
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