FATORES DE RISCO E SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA

Carla Cristiana Costodio Pereira, Dilma Terezinha de Moraes Machado

Resumo


INTRODUÇÃO: No Rio Grande do Sul tem aumentado a incidência de suicídio entre os adolescentes com idade entre 13 e 19 anos, fazendo com que o estado registre o maior coeficiente de suicídio no país. O adolescente com tentativa de suicídio deve ser acolhido, compreendido e respeitado por todos os profissionais de saúde, pois essa interação permite que o próprio sujeito faça a reconstrução dos significados dos seus sofrimentos e conflitos. OBJETIVO: conhecer e analisar os fatores que predispõem adolescentes a tentar suicídio, os métodos por eles utilizados e características epidemiológicas através de revisão bibliográfica. Metodologia: o estudo apresenta uma revisão bibliográfica de artigos publicados sobre o tema, com pesquisa em artigos relacionados ao suicídio na adolescência, buscados em sites como GOOGLE ACADÊMICO e SCIELO. resultados: Foram identificados alguns fatores de risco associados ao comportamento suicida, tais como prática autolesiva, transtornos psicológicos, uso de álcool e/ou drogas, exposição à violência, conflitos familiares, isolamento e retração social, sendo que dentre estes, a depressão destaca-se como tendo um papel fundamental no desenvolvimento de pensamentos e comportamentos de morte, uma vez que estes jovens estão mais desprotegidos e vulneráveis, muitas vezes devido à falta de estrutura familiar. Em relação à diferença de gêneros, foi possível observar que as tentativas de suicídio são mais frequentes em meninas dos 14 aos 19 anos, no entanto, o índice de suicídio consumado é maior em meninos, sendo que os mesmos utilizam técnicas mais agressivas em suas tentativas. Outro fator relevante é o aumento significativo de tentativas de suicídio por interações medicamentosas na faixa dos 14 aos 18 anos. A principal forma de tratamento envolve uma abordagem familiar, sendo que a família desempenha um importante papel na formação intelectual do adolescente, propiciando um ambiente seguro e tranquilo, mostrando-se compreensivos, evitando atitudes punitivas, desta forma minimizando as tentativas de suicídio, e o próprio ato suicida. Identificar os principais fatores de risco associados ao suicídio e as diferentes formas de manifestação dos sinais a ele associados apresenta-se como um importante passo para o planejamento de programas de prevenção, pois se constitui de um tema que merece atenção e requer programas de prevenção e informação, visando diminuir as ocorrências desse ato. CONSIDERAÇÕES: Mesmo com os altos índices apresentados, o tema ainda é pouco explorado nos diferentes meios, como escolas, família e rede de saúde. O suicídio é um problema de saúde pública, e percebe-se que há a necessidade de organizar programas preventivos, educativos, esclarecedores e informativos buscando a tentativa de minimizar as ocorrências desse ato. O suicídio na adolescência deve ser amplamente debatido em todos os segmentos da sociedade, e torna-se fundamental que pais, educadores e profissionais das equipes de saúde básica saibam identificar situações de risco para o suicídio entre os adolescentes, favorecendo dessa forma o compartilhamento de informações e orientações relativas a esse assunto.

 

PALAVRAS-CHAVE: características; comportamento; Rio Grande do Sul.


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