Diagnósticos de enfermagem relacionados com as causas de óbito no segundo pico de morte pós-trauma no setor de emergência
Resumo
Introdução: As causas externas estão entre as líderes na lista de mortalidade e morbidade de indivíduos nas últimas quatro décadas. Notoriamente, os eventos que circundam o diagnóstico em vítimas de trauma não é tarefa fácil, posto que se tratar de um fenômeno complexo, com picos distintos de mortalidade. O primeiro pico de morte ocorre dentro de segundos ou minutos após o acidente e o segundo pico de morte ocorre minutos ou em algumas horas depois do trauma, estando relacionados com a gravidade das lesões, capacitação das equipes, recursos humanos e materiais, rapidez de atendimento, gerência no cuidado, dentre tantos outros fatores. Com relação ao segundo pico de morte, que ocorre em minutos ou nas primeiras 6 horas após o trauma e que inclui paradigmas para as mortes precoces, tem como característica principal a potencialidade de haver tratamento das lesões dos pacientes que morrem nessa fase, tornando o cuidado de enfermagem crucial na assistência às vítimas. Os diagnósticos de enfermagem proporcionam a sustentação para a seleção de intervenções da assistência com a finalidade de atingir resultados pelos quais a enfermagem é responsável. Objetivo: Identificar os principais diagnósticos de enfermagem relacionados com a morte do paciente politraumatizado nas primeiras 6 horas da ocorrência do trauma. Metodologia: Constitui-se de pesquisas na literatura em artigos entre os anos 2012 a 2017, através de fontes em biblioteca online como o LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific Electronic Library Online) no período de setembro de 2017. Resultados: De acordo com a literatura, existe a necessidade da utilização de métodos sistematizados a fim de reconhecer as reais necessidades do paciente, traçar planos de cuidados com objetividade, prover a qualidade na avaliação e na forma de documentar as ações realizadas. Também, faz-se necessário estabelecer prioridades frente aos problemas detectados, individualizar o cuidado e, assim, promover satisfação ao paciente, auxiliando na obtenção de diagnóstico de enfermagem rápido e eficaz para o tratamento do indivíduo acometido por causas externas. O diagnóstico de enfermagem no setor de emergência nas primeiras 6 horas do trauma tem demonstrado que o risco de infecção e integridade tissular prejudicada estão intimamente relacionados entre as principais causas de óbito no pronto socorro e tem como principais fatores de risco: procedimentos invasivos, trauma e exposição ambiental com aumentada patogenicidade. Sendo assim, notoriamente, a rapidez nos procedimentos não diminui a importância para que estes sejam realizados, respeitando os preceitos técnicos de assepsia e antissepsia, à medida que o desacato a esses procedimentos tem repercussões negativas na evolução do paciente em condições vitais frágeis. Conclusão: A busca constante de ferramentas que indiquem caminhos para a melhoria da qualidade de nossas ações é um dever de todo o profissional de saúde envolvido com sua prática laboral. Os resultados encontrados na literatura forneceram informações relevantes que contribuirão para a atuação do enfermeiro no cenário das emergências traumáticas, utilizando-se do potencial dos diagnósticos de enfermagem para priorizar a assistência aos pacientes vítimas de causas externas.
Palavras-chave: Diagnóstico de Enfermagem; Enfermagem; Ferimentos e lesões.
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