PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: AÇÕES DE PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA EM SAÚDE

Natana Juliana da Silva Siqueira, Camila Nunes Barreto

Resumo


INTRODUÇÃO:a escola é um espaço potencial de transformações sociais e de constituição de conhecimentos e valores, sendo considerado um local privilegiado para as práticas promotoras da saúde e preventivas. Durante muito tempo a incorporação da saúde em ambientes escolares esteve centralizada em ações individuais e fragmentadas, que mesmo buscando mudanças no estilo de vida, ignoravam as influências do âmbito em qual a escola e a comunidade estão inseridos, visando o modelo biomédico. A partir da necessidade de mudança do modelo de atenção prestado, o Ministério da Saúde propôs por meio de políticas e programas, qualificar e sistematizar ações voltadas a este eixo de atenção lançando em 2007, o Programa de Saúde na Escola (PSE). Trata-se de uma estratégia intersetorial que atende aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. O programa objetiva fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes estudantes brasileiros, ao cumprir um papel decisivo na percepção e na construção da cidadania e no acesso as políticas públicas de saúde, educação e assistência social. OBJETIVO: descrever os achados disponíveis na literatura científica acerca do Programa Saúde na Escola implementado pelo Ministério da Saúde. METODOLOGIA: revisão narrativa, de caráter descritivo. Foram selecionados manuais do Ministério da Saúde e artigos científicos. Os anos de publicação das produções foram de 2003 a 2016. A pesquisa foi realizada em setembro de 2017. RESULTADOS: o PSE possui como  objetivo articular as ações da rede pública de saúde com  a educação básica, de forma a ampliar o alcance e o impacto dos cuidados em saúde na vida dos estudantes e suas famílias. Os profissionais de saúde podem e devem contribuir fortemente para a consolidação destas atividades, sanando as necessidades dos escolares, bem como da comunidade na qual está inserida, efetivando uma articulação permanente entre as políticas e ações de educação e da saúde. O primeiro passo para a efetivação dos resultados esperados pelo programa é a avaliação de saúde destes alunos, onde deve-se  levar em consideração os vários processos de necessidades e agravos de cada individuo. Conforme diretrizes do PSE, podemos citar como componentes: a avaliação nutricional; a avaliação oftalmológica; a avaliação da saúde bucal; a avaliação auditiva; a avaliação psicossocial; a atualização e controle do calendário vacinal; a avaliação da morbimortalidade por acidentes e violências; a prevenção e redução do consumo do álcool; a prevenção do uso de drogas; a promoção e avaliação da saúde sexual e da saúde reprodutiva; o controle do tabagismo; a atividade física e saúde; a promoção da cultura de paz no âmbito escolar. CONCLUSÃO: a identificação e a intervenção sobre os  agravos e  vulnerabilidades na saúde do  escolar são essenciais, para que seja possível promover e viabilizar estratégias de enfrentamento focadas na integralidade e na autonomia do individuo.


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