COMPLICAÇÕES EM PACIENTES QUEIMADOS: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Marindia Bitencourt Kaufmann, Luiza Cremonese

Resumo


Introdução: O presente trabalho aborda as principais complicações em pacientes queimados e a atuação da equipe de enfermagem frente a este problema. A pele é o maior órgão do corpo humano, por meio dela, é possível que haja a termorregulação e a homeostase corporal, além disso, a mesma é ainda um fator de proteção contra inúmeras infecções, pois funciona como barreira protetora e possui funções imunológicas. As queimaduras são lesões traumáticas na pele causadas por agentes químicos, elétricos, térmicos ou radioativos. As mesmas podem ser classificadas conforme a sua profundidade, sendo elas, queimaduras de 1º grau, quando a lesão é superficial, de 2º grau quando atingem uma camada mais profunda da pele, denominada derme, e as de 3º grau que atingem tecidos subcutâneos, podendo ainda, atingir músculos e estruturas ósseas. Objetiva-se identificar na literatura científica as principais complicações em pacientes queimados e refletir acerca do papel do enfermeiro. Metodologia: trata-se de uma revisão narrativa, que tem como questão guia: quais as principais complicações em pacientes queimados e o papel do enfermeiro frente à isso? Para responder o questionamento, realizou-se uma busca não sistematizada de artigos na temática na fonte aberta e gratuita google acadêmico. Resultados: Quando ocorre a lesão por queimadura, acontece uma ruptura na pele, ocasionando desiquilíbrio de todas as propriedades as quais ela fornece, favorecendo então a colonização por micro-organismos patógenos. As complicações mais comuns no paciente queimado são as infecções do local da lesão, complicações respiratórias e infecções da corrente sanguínea. Sobretudo, a infecção seguida de septicemia é a principal causa de morbimortalidade. O enfermeiro deve possuir um pensamento crítico de modo que identifique as necessidades do paciente. Além de gerenciar todo o atendimento ao queimado, deve manter o olhar atento aos sinais flogísticos de infecção, analisar a extensão da lesão, o histórico clínico do paciente, bem como doenças pré-existentes que dificultem o processo de cicatrização, e outros agravos da saúde em decorrência da debilitação. Também se faz necessário ter o embasamento técnico-científico sobre coberturas, para entender o progresso ou retrocesso que a mesma possa estar causando na lesão, buscando prestar um atendimento integral e humanizado. Conclusão: diversos fatores propiciam complicações em pacientes queimados, sendo eles, tempo de internação, gravidade e extensão das lesões, doenças crônicas e técnicas realizadas da forma incorreta, beneficiando os micro-organismos. Entende-se que o enfermeiro constitui um papel fundamental para o tratamento do paciente queimado pois é necessário um olhar contínuo e ampliado acerca de cada caso, porem, se faz necessário atualizações específicas que sustentem a prática.

Palavras-chaves: Queimaduras, Sepse, Traumatismo múltiplo.

 


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