SEXUALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO

Márcia Beskow Garcia, DILMA TEREZINHA MORAIS MACHADO, Luíza Cremonese

Resumo


Introdução: O envelhecimento da população idosa vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, este aumento está diretamente ligado às mudanças positivas na qualidade de vida. A velhice é uma etapa da vida que geralmente é marcada como sinônimo de incapacidade, sejam de ordem física ou mental, o que os torna improdutivos no campo social e econômico. Embora existam muitas políticas públicas direcionadas aos idosos, ainda existem preconceitos e desinformações em relação a esta fase da vida, principalmente relacionada à sexualidade, que é traduzida em mitos e tabus, preestabelecendo que idosos são pessoas assexuadas. Objetivos: Este estudo tem como objetivo identificar a produção científica relacionada com a sexualidade e qualidade de vida do idoso.Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa, que tem como questão guia: quais as evidências científicas relacionadas com a sexualidade e qualidade de vida do idoso? Para este estudo foram realizadas estratégias de busca nas fontes   Lilacs, Scielo e livros relacionados ao tema. Resultados: A qualidade de vida de no envelhecimento está diretamente ligada à satisfação das necessidades, carências e desejos individuais. A palavra satisfação comporta vários significados, mas de maneira geral compreende-se que a satisfação está relacionada com algum tipo de sucesso, felicidade e de boas relações, entre outros fatores, todos eles subjetivos e que podem ser mensurados através da percepção individual. O julgamento que a sociedade mantém sobre a pessoa idosa faz com que a mesma se sinta inibida em expressar com naturalidade sua identidade sexual, fazendo com que o idoso assimile esses reflexos como verdadeiros, levando-os a privações pessoais. O preconceito do sexo no envelhecimento é adotado por se acreditar que a fase de vivenciar a sexualidade esta condicionada a idade mais jovem. Outro aspecto considerado principalmente pelas idosas é a beleza física, considerando que já não são mais tão atraentes, como eram quando jovens. A crença de que com a chegada da velhice, inevitavelmente a atividade sexual também decai, tem feito com que não se preste atenção em uma das atividades que mais contribuem para a qualidade de vida do idoso, como a sexualidade, porém diversos estudos mostram que a maioria das pessoas idosas é capaz  de ter relações e de sentir prazer em todas as suas atividades. Conclusão: As mudanças ocorridas nas funções sexuais levam os idosos a expressarem a relação sexual de outros formas, que não sejam necessariamente o coito, as carícias e os toques desempenham papel fundamental no exercício da sexualidade, por isso descobrir o poder do carinho, do beijo, da fala pode diferenciar a vivência do sexo. Porém as desinformações em relação a esta fase da vida, a influência da cultura sobre a sexualidade dos idosos com seus preconceitos e mitos é um tema negligenciado, pouco conhecido e até pouco falado entre os profissionais da saúde em consultas com idosos o que evidencia a necessidade de educação em saúde no que se refere à educação sexual dos idosos.


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