O AUMENTO LONGEVIDADE E A REINSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO: UMA NOVA PERSPECTIVA SOCIAL

Celiomar Rodrigues Duarte, Dilma Terezinha de Moraes Machado, Luiza Cremonese

Resumo


INTRODUÇÃO: Nas décadas de 1970, 80, 90, o Brasil era Conhecido como uma nação jovem, porém com o inicio do novo século essa população que era constituída por jovens foram envelhecendo, sem haver uma renovação populacional. Com esse envelhecimento populacional há estimativa de que em 2050 a população de idosos passe a ser 50% da população Brasileira, o que passa a ter uma preocupação especial para atender a demanda do mercado de trabalho, a sua inclusão e estado de saúde nessa nova perspectiva populacional. OBJETIVO: Refletir sobre essa nova perspectiva populacional no mercado de trabalho. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa, com busca no Portal BVS SALUD. A pesquisa foi realizada utilizando-se os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): idoso, Inserção, mercado de trabalho, no qual foram encontrados 476 artigos correspondentes à pesquisa, após adicionado os filtros, restaram 88 artigos. Após a leitura do resumo dos artigos, foram selecionados 10 artigos para análise. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A longevidade da população está associada com maior tempo de permanência no mercado de trabalho, seja por necessidade financeira, complemento de renda, ocupação de tempo ocioso, gosto pelo trabalho desenvolvido ou dependência dos filhos que conta com essa renda. Com essa permanência surgem preocupações com o estado de saúde e bem estar social, tanto físico quanto psicológicos desses idosos. As sucessivas crises econômicas que vem sofrendo o país, provocando um aumento da pobreza, os filhos adultos estão se tornando dependentes dos seus pais, o que leva necessidade de maior tempo de permanência no mercado de trabalho. No Brasil 75% dos idosos encontram-se dentro da faixa da pobreza, boa parcela na faixa da miserabilidade, necessitando, portanto, de assistência dos serviços públicos e mesmo tendo contribuído ao longo da sua vida para a produção econômica e social do país uma parcela importante de idosos ainda depende do Estado para sua sobrevivência, apesar de se aposentarem, há idosos que permanecem trabalhando, mesmo que de modo informal, seja porque o baixo valor do benefício recebido necessita ser complementado ou para que não se sintam inúteis e continuem ativos na sociedade, melhorando a qualidade de vida do idoso. A permanência do idoso no trabalho pode ser discutida por dois ângulos: o trabalho pode ser benéfico quando propicia autoestima, satisfação, sensação de produtividade, além da remuneração, e, por outro lado, pode ser prejudicial quando a única razão para se manter trabalhando é a necessidade de renda, sem qualquer outra motivação, portanto é  fundamental observar a carga horária de trabalho dessas pessoas, considerando a idade, o tipo de atividade desenvolvida e as condições de saúde, procurando atender as necessidades básicas do funcionário idoso. CONCLUSÃO: A situação financeira da população idosa leva o retorno ao mercado de trabalho, porém pode ser benéfico a esse idoso pela qualidade de vida, aumentando sua autoestima, relações interpessoais, conhecimento. A tendência é que no futuro o mercado de trabalho conte com essa oferta de funcionários idosos por meio de reinserção na empresa.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.