O papel do enfermeiro na prevenção da depressão pós-parto durante consulta pré-natal: revisão narrativa

Resumo

Introdução: A depressão pós-parto, ou depressão puerperal é um transtorno depressivo que pode acometer a mulher durante a gestação ou puerpério. A Depressão Pós-Parto (DPP) é uma síndrome que afeta muitas mulheres e que pode comprometer o funcionamento emocional e social da mulher e interferir no desenvolvimento da criança. A manifestação do quadro de depressão pós-parto acontece geralmente a partir das primeiras quatro semanas após o nascimento do bebê. Os sintomas mais comuns são desânimo persistente, irritabilidade, choro frequente, ansiedade, sentimentos de culpa, distúrbios do sono, ideias suicidas, perda do prazer nas atividades cotidianas e ocorrência de ideias obsessivas com intensidade máxima durante os seis primeiros meses posteriores. Sua etiologia não é claramente conhecida, mas vários fatores podem contribuir para seu surgimento, como relação conflituosa com o cônjuge, não desejo ou não planejamento da gravidez, abandono do parceiro, baixa escolaridade, baixo nível socioeconômico e histórico familiar de transtornos de humor. O acompanhamento do enfermeiro é importante para a mulher neste período da vida, pelo fato deste, possuir habilidades e conhecimentos para disponibilizar estratégias eficientes para as ações de promoção da saúde e prevenção de agravos. Metodologia: Trata-se de revisão narrativa, com busca realizada na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) sem critérios de inclusão pré-definidos. Foram utilizadas as palavras-chaves: Depressão pós-parto; Puerpério; Enfermagem. Resultados: A atuação preventiva das equipes multidisciplinares durante a gestação pode proporcionar à nova mãe, o apoio de que necessita para enfrentar os eventuais episódios de depressão. No entanto, é importante permitir que a gestante expresse seus temores, queixas e ansiedades, podendo o profissional de enfermagem proporcionar assistência e orientação, pois o atendimento precoce representa prevenção, proporcionando vínculo e confiança entre a equipe de saúde e a gestante. A equipe de saúde deverá realizar o monitoramento do período de gestação com atendimento humanizado, para proporcionar maior vínculo na relação mãe e filho, o que pode contribuir com a prevenção da depressão pós-parto. Considerações Finais: A mulher, durante o período gestacional, se encontra mais sensível e necessitada de carinho, apoio e ajuda da família. É importante que a equipe de saúde contribua para o desenvolvimento das ações educativas, considerando os aspectos socioculturais das puérperas, levando em conta seus valores e crenças. Capacitar os profissionais de saúde para o atendimento a puérpera com depressão é de suma importância para fornecer um atendimento adequado, satisfatório e eficaz, pois o enfrentamento da depressão trata-se de um trabalho preventivo. Assim, os benefícios da atuação precoce e preventiva não se restringem ao bem estar exclusivo das mães, são atitudes que representam também benefício às crianças, pois, de acordo com a literatura, existem evidências de correlação entre desordens depressivas das mães e os distúrbios emocionais de seus filhos.

Palavras –Chave: Depressão pós-parto; Puerpério; Enfermagem.