MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA O ALÍVIO DA DOR DURANTE O TRABALHO DE PARTO

Bianca dos Santos Lima

Resumo


A gestação figura-se como um momento singular na vida da mulher, representa marco importante, pois pode estar associado ao ápice de sua feminilidade, uma vez que o ato da concepção é uma particularidade inerente às mulheres. Do processo que segue da descoberta da gravidez ao efetivo trabalho de parto e por fim ao parto, esta experimenta um turbilhão de sentimentos, como alegria, medo e dor, necessitando de atenção e apoio emocional. A dor durante o parto está inserida dentro da própria natureza humana, sendo esta experiência que consagra o nascimento de uma nova vida. Por ser considerado fisiológico apresenta reações hormonais e mecânicas, que modificam o corpo para a apresentação fetal. Sendo assim, questiona-se o modelo de assistência obstétrica vigente, predominante caracterizado pela institucionalização do parto centrado em atos médicos e no uso rotineiro de práticas intervencionistas desnecessárias. Essas práticas tornaram a assistência ao parto desumanizada, pois tiram o papel de protagonismo da parturiente, isto é, como capaz de conduzir o seu próprio parto. Diante destas reflexões iniciais foi realizada uma revisão bibliográfica com objetivo de verificar quais são os tipos de terapias complementares, não farmacológicas, para o alívio da dor durante o trabalho de parto. As fontes de dados utilizadas foram artigos que versavam sobre enfermagem obstétrica, parto humanizado e terapias complementares encontradas nas bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe Ciências da Saúde) e SciELO (ScientificElectronic Library Online), durante o período de 2011 a 2016. A análise dos dados evidenciou que os métodos não farmacológicos mais usados na prática humanizada durante o parto são respectivamente respiração, relaxamento, massagens, mobilidade, hidroterapia, estimulação elétrica transcutânea (EET), acupuntura e crioterapia, que é o uso do frio, para o alívio da dor.  O EET apesar de eficaz mostrou-se incomodo para as parturientes durante o trabalho de parto. Ainda mais, pesquisas mostram que, a presença de doulas, mulheres que auxiliam durante o parto, revelou-se eficiente para acalmar e realizar práticas de alívio da dor para as gestantes. Conclui-se desta forma que, é preciso propiciar um ambiente confortável, para que a experiência do parto seja tratada como fisiológica e não como uma patologia que necessite ser medicalizada.


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