ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM RELACIONADA AO CATETERISMO VESICAL DE DEMORA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Eliza Moura Sanson

Resumo


O cateterismo urinário é um procedimento invasivo que a enfermagem executa no cotidiano de sua prática assistencial realizado quando o processo de micção não se torna possível e se faz necessário a drenagem da urina através de cateteres, que são introduzidos da uretra até a bexiga urinária. Na prática de uma sondagem vesical é preciso sempre atentar para os cuidados essenciais para esse tipo de procedimento, com finalidade de diminuir as possíveis complicações. Diante destas reflexões iniciais foi realizada uma revisão bibliográfica com objetivo de descrever os cuidados de enfermagem referentes a sondagem vesical, visando à efetiva segurança do paciente. As fontes de dados utilizadas foram artigos que versavam sobre cuidados de enfermagem, cateteres de demora e assistência centrada no paciente encontradas nas bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online) da internet. A análise dos dados evidenciou que cerca de 10% dos pacientes hospitalizados são expostos a este procedimento totalmente invasivo, e 80% destes pacientes adquirem infecção do trato urinário. Um dos cuidados mais importantes é realizar a sondagem respeitando a técnica correta de assepsia. Os cuidados aumentam após a inserção do cateter, pois se torna fundamental uma boa manutenção do mesmo, tais como: não tracionar a sonda, pois ela pode sair de posição, causar lesões e também ocorrer extravasamento da urina pela uretra; não deixar a bolsa coletora em contato direto com o piso, pois isso proporciona um risco muito maior de contaminação, podendo causar infecção no trato urinário; a higiene intima deve ser realizada 3 vezes ao dia, e estar atento ao meato urinário onde está inserida a sonda; quando for esvaziar o coletor, visualizando o volume e o aspecto da urina e atentar para qualquer sinal estranho, como a presença de sangue, pus, coágulos e caso aconteça isso, o médico deve ser comunicado; é importante alterar o lado de fixação da bolsa coletora, para poder evitar lesão no meato urinário, essa técnica pode ser realizada no momento da higiene, mas nunca excedendo 8 horas para cada lado; nunca elevar a bolsa coletora de urina acima da cintura do paciente, pois este movimento pode promover o refluxo da urina que está no trajeto do extensor, podendo causar infecções; é preciso atentar também, caso o paciente esteja apresentando bexigoma mesmo usando a sonda e o coletor estiver com uma quantidade reduzida de urina, pois a mesma pode estar obstruída. Com estes cuidados é possível minimizar ou até mesmo excluir os riscos de desencadear infecções e lesões por uso e cuidados inadequados com o paciente que faz uso da sondagem vesical de demora. Estes cuidados são simples e podem ser realizados pela equipe de enfermagem e também, caso o paciente esteja de alta, por seus cuidadores que devem ser orientados pela equipe multiprofissional.

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