O PAPEL DO ENFERMEIRO INTENSIVISTA NA NOTIFICAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA

Anelise Pillon Ortiz

Resumo


Como gerenciador do serviço de enfermagem, o enfermeiro tem papel fundamental em avaliar os pacientes críticos, identificando potenciais doadores, tendo como objetivo final a notificação de morte encefálica, seguindo de uma possível captação de órgãos, a fim de aumentar a sobrevida dos pacientes que aguardam em uma lista de espera e de impedir a limitação de leitos de UTI, viabilizando os mesmos aos pacientes que possuem causa reversível, além de reduzir custos hospitalares. O objetivo deste trabalho é dentificar qual o papel do enfermeiro durante o processo de notificação de morte encefálica, bem como identificar as maiores dificuldades vivenciadas pela equipe durante o processo. Foi realizado uma revisão bibliográfica através de livros de uma biblioteca convencional e artigos acadêmicos pesquisados no Scielo, sendo os mesmos do ano de 2007 à 2013, os quais auxiliaram a estruturar este trabalho. Foram escolhidas palavras chaves através do DeCS (descritores em ciências da saúde). Atualmente, sente-se que muitos profissionais da saúde, incluindo principalmente equipe médica e equipe de enfermagem, não estão suficientemente mobilizados quanto à necessidade da abertura do protocolo de morte encefálica (ME), prevalecendo a falta de conhecimento sobre o assunto. No entanto, acredita-se que existe uma preocupação, que ainda negligencia o processo, acarretando a redução de notificações e de potenciais doadores. Percebe-se que o papel do enfermeiro intensivista é de suma importância durante todo o processo, devendo ele estar sempre atento ao nível de consciência dos pacientes, pois a primeira evidência que leva a investigação de morte encefálica é o estado de coma do paciente. Conclusão: Diante disso, evidencia-se que a não detecção dos potencias doadores, que abrange a não abertura do protocolo de morte encefálica, pode ocorrer por diversos motivos, como a não disponibilidade de profissionais treinados e capacitados por lei, a falta de equipamentos para realização dos testes para o diagnóstico de ME, sendo que em alguns lugares os testes não são realizados por temor de complicações legais ou por desconhecimento dos benefícios da doação. Além disso, o baixo número de notificações de morte encefálica se dá pela realização tardia desse diagnóstico, que dificulta o processo, muitas vezes inviabilizando o aproveitamento de um maior número de órgãos ou até mesmo a doação. Entende-se que cabe ao enfermeiro capacitar a sua equipe buscando melhoria e agilidade, bem como estruturar projetos na busca de recursos materiais, além de mobilizar a população quanto à importância da conscientização de doação de órgãos, evitando falhas no processo.

Palavras chaves: Unidades de Terapia Intensiva; Enfermagem; Cuidados Intensivos


Apontamentos

  • Não há apontamentos.