AUTONOMIA DO ENFERMEIRO: AGILIDADE NO PROCESSO DE REDUÇÃO DA MORBIMORTALIDADE NEONATAL E MATERNA

Kélly Emilli Becker, Flávia Castagnino Castagnino Molina

Resumo


O enfermeiro desempenha um papel fundamental na atenção básica à saúde pois ele tem a autonomia de solicitar exames laboratoriais à gestantes durante a consulta de enfermagem, acompanhando o pré-natal de baixo risco de forma preventiva e adequada, promovendo a saúde dos envolvidos. Oportuniza tratar o indivíduo num contexto geral, tornando possível analisar seus aspectos físicos, psíquicos e sociais.  Sabendo que a morbidade materna vai além das complicações fisiológicas, e ultrapassa todos os aspectos de vida da mulher. Atualmente, a mortalidade materna no Brasil é de 69/ 100.00 nascidos vivos. Na atuação profissional sobre a assistência pré-natal, o enfermeiro tem respaldo legal para o acompanhamento integral do pré-natal de uma gestante de baixo risco, de acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem no Brasil. A lei 7.498 de 25 de julho de 1986 dispõe sobre a regulamentação do exercício de Enfermagem e descreve que o enfermeiro realize consulta de enfermagem juntamente com a prescrição da assistência da mesma. Entretanto, a atenção pré-natal destaca-se como fator crucial na proteção e na prevenção a eventos adversos sobre a saúde materna, possibilitando a identificação e o manuseio clínico de intervenções adequadas sobre futuros fatores de risco para complicações a saúde obstétrica e de seus recém nascidos. Dessa forma, realização inadequada ou a não realização dessa assistência na atenção a gestante tem sido relacionada a maiores índices de morbimortalidade. Sendo assim, a primeira consulta com médico ginecologista será em tempo hábil para possíveis tratamentos e orientações, desafogando a agenda médica priorizando a redução da morbimortalidade. Diante destas reflexões iniciais foi realizada uma revisão bibliográfica com objetivo de discutir a importância do acompanhamento do pré-natal de baixo risco durante a consulta de enfermagem na atenção primária à saúde com intuito de agilizar o processo gravídico tornando-o saudável e prematuro. As fontes de dados utilizadas foram artigos que versavam sobre enfermagem obstétrica, cuidado pré-natal e sobre o papel do profissional de enfermagem encontradas nas bases de dados do LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online) da internet. A análise dos dados evidenciou que a importância de intervir precocemente na atenção básica, garante uma prática segura de cuidados à saúde materna e fetal. O enfermeiro deve cumprir protocolos assistenciais estabelecidos e assegurados em leis, garantindo cuidados específicos durante a gestação, parto e puerpério. Sugere-se que a partir dos diagnósticos de enfermagem, possam ser direcionadas intervenções de enfermagem voltado aos problemas detectados nas gestantes durante a consulta de pré-natal.

 

Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica; Cuidado Pré-Natal; Papel do Profissional de Enfermagem.

 

 


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