A PERCEPÇÃO DO SENSO COMUM X O ESTUDO DA PSICOLOGIA ACERCA DA PERSONALIDADE DO SUJEITO CRIMINOSO
Resumo
Definida por um conjunto de traços que caracteriza o indivíduo como ser único, a personalidade é peça central de diversos estudos na Psicologia. Ao relacionar esta conceituação à área forense, discute-se a existência de características específicas que estariam diretamente relacionadas aos sujeitos criminosos. A fim de desvelar se a opinião pública está alinhada à ciência, foi realizado um levantamento quantitativo com o intuito de comparar os resultados acerca da percepção popular sobre a possível personalidade criminosa em tendo como comparação os apontamentos obtidos por meio de uma revisão bibliográfica. De modo geral, os entrevistados defenderam que a personalidade de um criminoso seria, majoritariamente, concebida por fatores sociais e ambientais; instaurada na adolescência; sem raça de incidência predominante; mais comum em jovens de baixa renda e com apresentação tanto de um comportamento violento e agressivo quanto daquele considerado socialmente “normal”. Segundo autores do ramo, a personalidade é construída por elementos variados e, no caso de criminosos, estes se subdividiram em cinco tipos: o nato, de origem genética; o louco, por desajustamento mental; o profissional, devido à influência do meio; o primário, por condições circunstanciais, e o passional, em função de desequilíbrio emocional. Desta forma, entendeu-se que as opiniões oriundas do senso comum, assim como os levantamentos teóricos, convergem para a hipótese de que a personalidade criminosa seria multifatorial, constituída por elementos biopsicossociais que variam e podem ou não interferir na constituição do sujeito, tornando extremamente complexo o ofício de estudar o crime e a criminalidade.
Palavras-chave: Criminalidade, Personalidade, Psicologia Criminal.
Referências
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