ERA UMA VEZ: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E AS MÚLTIPLAS APRENDIZAGENS.
Resumo
O presente trabalho, tem por finalidade, problematizar a contribuição da contação de histórias, com base nas ideias da corrente Histórico-Cultural, para o desenvolvimento global do educando, entre os seis meses e cinco anos de idade. O estudo de caso, de natureza qualitativa, com bases nas ideias de Bogdan & Biklen, constituiu-se como pesquisa participativa, em uma escola Municipal de Educação Infantil que abriga o PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência. Deste modo, participaram da proposta investigativa, seis turmas da instituição escolar, com seus respectivos educandos, professores e monitores, nas quais haviam bolsistas participantes do projeto dos cursos de Pedagogia e Educação Física que atuam de forma interdisciplinar. As análises iniciais, destacam que as histórias contadas aos educandos de forma lúdica e com distintos materiais com vistas a interação tátil, auditiva, corporal, linguística entre outras, representam propostas efetivas para situações desafiadoras, as quais possibilitam fortalecer vínculos sociais e afetivos, no espaço institucional, bem como, através das práticas mediativas propostas pelos licenciandos, a construção das múltiplas linguagens do sujeito. Frente as premissas da corrente teórica utilizada para a estruturação didático-metodológica, as narrativas foram construídas com base na teatralidade, ou seja, a utilização de recursos visuais e estéticos, pelos bolsistas, em sala de aula foram constantes: cenários, roupas e acessórios utilizados pelo contador, recursos como fantoches, bonecos, tecidos distintos, maracas, fitas com guizos, plásticos deram vida não apenas aos personagens, mas as histórias: sons, cheiros, movimentos acabaram por promover a criação e recriação de universos não conhecidos que oportunizaram a problematização de situações concretas que cerceiam os educandos. Do faz de conta, a problematização do real: não é apenas o desenvolvimento global do educando que as histórias possibilitam, mas a visibilidade entre imaginário e cotidiano para sua reflexão e capacidade de articulação de enfrentamentos possíveis.
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PDFReferências
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