LITERATURA E EMOÇÕES: A INVENÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

Stéla Piccin

Resumo


Apresento, neste trabalho, uma reflexão acerca de como a literatura contribuiu para a invenção dos direitos humanos. Para sustentar a discussão, utilizo a metodologia de análise bibliográfica, especialmente a partir dos estudos de Lynn Hunt, no livro A Invenção dos Direitos Humanos: uma história (2009), no qual a autora dedica o capítulo Torrentes de emoções: lendo romances e imaginando a igualdade a contextualizar as influências dos romances para os Direitos Humanos. Hunt (2009) destaca como a leitura, ao longo do século XVIII, despertou emoções como a igualdade e a empatia, assinalando que a emergência dessas novas emoções coincide, cronologicamente, com o nascimento dos direitos humanos. Nesse contexto, procuro sublinhar as contribuições da literatura à educação através da interlocução com teóricos da área da educação e outros estudiosos que discutem a temática. Considero que, assim como a literatura foi essencial para a humanidade repensar determinadas ações e promover direitos, ler continua provocando muitas reflexões e auxiliando o humano a se relacionar com os outros, a aceitar as alteridades e, consequentemente, na educação. A partir disso, busco evidenciar como a literatura é fundamental na constituição do humano, visto que é uma das maneiras de aprender a ler o mundo e conhecer a si mesmo. Por fim, cabe ressaltar que este trabalho é oriundo da disciplina de História das Ideias e dos Saberes na Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação-Mestrado e Doutorado, da Universidade de Santa Cruz do Sul-UNISC. A disciplina teve como objetivo, ainda que de forma introdutória, estudar as teorias que perpassam a constituição dos saberes relativos à educação, ao longo dos séculos.


Palavras-chave


Emoções; Literatura; Educação.

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