RE(DESCOBRIR) A LIBERDADE: DOIS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS NO PROCESSO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO EM CACHOEIRA DO SUL

Resumo

INTRODUÇÃO: O processo de desisntitucionalização caracteriza-se pela reinserção social de pessoas que ficaram durante anos privadas de liberdade em instituições totais. Este processo possui um propósito de alcançar autonomia respeitando suas limitações e estimulando sempre suas potencialidades, visando o convívio na comunidade e familiar. Possui como dispositivo central neste processo o Serviço Residencial Terapêutico (SRT), juntamente com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) (BRASIL, 2004). DISCUSSÃO: A história relatada pela paciente conta que, ela vivia em sua residência particular com sua mãe até o momento em que devido a uma dificuldade clinica precisou mudar-se para uma ILPI. O segundo caso é de um idoso que teve sua institucionalização provocada devido incapacidade da família e da rede de saúde mental em manejar casos complexos de transtorno psiquiátrico na época. Somente em 2016, após a intervenção do Ministério Público e da Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul a residente foi encaminhada para um SRT e o segundo caso apenas em 2017. Durante o período de moradia no SRT foi possível o resgate da autonomia e reinserção social de ambos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir desta ação evidenciou-se a importância do trabalho conjunto entre técnicos e fiscalização do MP frente as ILPI que atualmente reforçam a lógica manicomial com a internação de pessoas com transtorno mental com menos de 60 anos com o propósito lucrativo. A visibilidade destes casos são fundamentais para a potencia política e efetivação do processo de desisntitucionalização preconizados na reforma psiquiátrica desde 2001.