Cinesioterapia e terapia manual na luxação de ombro e lesão de Hill-Sachs: estudo de caso

Resumo

INTRODUÇÃO: A lesão de Hill-Sacs (LHS) é comum a pacientes com luxação recidivante anterior de ombro. Ocorre pela compressão posterossupralateral da cabeça do úmero impactando contra a glenóide e leva a diminuição da amplitude de movimento (ADM). A fisioterapia é importante na reabilitação funcional do paciente. OBJETIVOS: Relatar um caso de reabilitação fisioterapêutica de luxação de ombro e LHS. METODOLOGIA: Paciente com diagnóstico de luxação de ombro e LHS há 4 meses atendido no ambulatório de Fisioterapia da Ulbra Campus Cachoeira do Sul – RS. O paciente foi submetido a um protocolo de cinesioterapia e de terapia manual (TM). Foram avaliados: ADM (goniometria), testes especiais e força muscular (FM). Após intervenção foi avaliada a ADM. RESULTADOS M.O., F, 75 anos, diagnóstico fisioterapêutico de redução de força em MSE de flexão e abdução; limitação de ADMA de flexo/extensão e abdução, discinesia escapular. Realizadas 20 sessões (2x/semana). Testes de Yocum e de Jobe negativos, goniometria ativa de ombro esquerdo: extensão (32º); flexão (60º) e abdução (90º); FM (mmHg) de extensores de ombro (MSE90 vs 100MSD), de flexores (MSE55 vs MSD70), abdutores (70MSE vs. 82MSE) e adutores (80MSE vs. 75 MSD). Como intervenções foram realizadas as seguintes condutas: mobilização intraarticular e escapular, exercícios resistidos para abdução, adução, flexão e extensão. A avaliação final apresentou goniometria ativa de ombro esquerdo: extensão (60º); flexão (140º) e abdução (180º). CONCLUSÃO: Um protocolo de reabilitação baseado em cinesioterapia e TMl foi eficaz no ganho de ADM em um paciente com luxação de ombro e LHS.