DIVERGÊNGIAS ENTRE O DIAGNÓSTICO PSICANALÍTICO E O DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO NA CLÍNICA DAS PSICOPATOLOGIAS
Resumo
INTRODUÇÃO: A necessidade de recolher informações estatísticas foi um dos fatores que impulsionaram o desenvolvimento de uma classificação de transtornos mentais nos EUA. Durante a primeira metade do século XX, a psicanálise orientou os fundamentos do DSM devido à introdução de três conceitos híbridos: personalidade, estrutura e psicodinâmica. DESENVOLVIMENTO: A partir da década de 1960, a neurose passa a ser entendida como uma manifestação de comportamentos. A partir disso, surge uma separação entre a estrutura dos sintomas e a do sujeito, que é consagrada pelos DSMs e pela CID através de transtornos de primeira ordem e de transtornos de personalidade. O processo de crítica da racionalidade diagnóstica questiona a maneira como os sintomas e o mal-estar são definidos e tratados, destacando o papel do sistema diagnóstico da Associação Psiquiátrica Americana (APA) como um objeto importante nesse processo. Argumenta-se que esse sistema pode perpetuar uma forma específica de psicopatologia como hegemônica e contribuir para “um processo social de alienação e de mercantilização do sofrimento” (Dunker, 2014). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A psiquiatria conta com a classificação e a mensuração como principais pontos para um diagnóstico baseado em fenômenos observáveis, enquanto a psicanálise, em sua tradição, se sustenta partindo do conceito de inconsciente e apresenta diagnóstico que não pode ser dado exclusivamente pelos sintomas apresentados, mas em referência à estrutura clínica do sujeito.
Palavras-chave: Diagnóstico Psicanalítico, Diagnóstico Psiquiátrico, psicopatologia.
Palavras-chave
Referências
Dunker, C. I. L. (2014). Questões entre a psicanálise e o DSM. Jornal de Psicanálise, 47(87), 79-107. Recuperado em 25 de outubro de 2023, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352014000200006&lng=pt&tlng=pt.
LOURES, N. R. P; FERNANDES, P. B. A SOBERANIA DA CLÍNICA: ALÉM DO DIAGNÓSTICO EM PSIQUIATRIA E PSICANÁLISE. Estilos da Clinica, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 279-295, 2015. DOI: 10.11606/issn.1981-1624.v20i2p279-295. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/estic/article/view/107623. Acesso em: 9 jun. 2023.
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