O ALEITAMENTO MATERNO NA PRÁXIS DO ENFERMEIRO

Évelin da Silva Ayres, Gabriela da Silva Garcia, Camila Nunes Barreto

Resumo


Introdução: A amamentação é um processo que supera a função de aporte nutricional à criança. O ato de amamentar envolve interação profunda entre mãe e filho com repercussões positivas no crescimento e desenvolvimento infantil. Compreende um conjunto de fatores que fortalece a imunidade, estimula o desenvolvimento cognitivo e emocional do recém-nascido, além de ter implicações físicas e psicológicas relacionadas à puérpera. Apesar de todas as evidências científicas comprovando a vantagens e importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e complementar após este período sobre outras formas de alimentar e nutrir a criança pequena, e também reforçadas por distintas instituições nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento materno no Brasil, especialmente as de amamentação exclusiva, estão bastante inferiores ao recomendado. Nesta direção, destaca-se o papel do  profissional de saúde para o estímulo ao aleitamento materno e aumento das taxas de sucesso relacionadas à amamentação. Objetivos: Refletir sobre o papel do enfermeiro no estímulo ao aleitamento materno. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicas de enfermagem do 7º Semestre ao acompanhar as ações realizadas pelo enfermeiro em campo de aula teórico-prática, no período de agosto de 2016 à dezembro de 2016, no Hospital de Caridade e Beneficiência de Cachoeira do Sul, na setor de maternidade e centro obstétrico, sobre supervisão docente. Resultados: Para desenvolver uma perspectiva de cuidado em relação ao aleitamento materno, o profissional enfermeiro precisa estar preparado para compreender as singularidades de cada mulher, além do conhecimento técnico relacionado à lactação, é necessário pautar sua práxis num cuidado integral. Ou seja, um olhar atento e abrangente, ao considerar os aspectos emocionais, familiares, culturais, sendo estes, a rede de apoio social recebida pela mulher. Ademais, é essencial reconhecer a mulher como protagonista do processo de amamentar, valorizando-a, escutando-a e empoderando-a, fazendo com que se sinta segura e confiante para concretização da amamentação, nos distintos espaços de atuação do enfermeiro - atenção básica, ambulatorial, hospitalar, durante todo o ciclo gravídico e puerperal para o estímulo ao aleitamento materno. Conclusão: Por fim, ao observar o processo teórico-prático do estabelecimento da lactação, nota-se que cabe ao profissional de saúde identificar e compreender a amamentação no contexto sociocultural e familiar e, a partir deste entendimento, assistir tanto a dupla mãe/bebê como sua família, ao considerar suas crenças, saberes e práticas de cuidado. É necessário que busque maneiras de interagir com a população para informá-la sobre a importância de adotar uma prática saudável de aleitamento materno. O profissional precisa estar preparado para prestar uma assistência eficaz, solidária, integral e contextualizada, que respeite o saber e a história de vida da mulher e que a ajude a superar medos, dificuldades e inseguranças.

 

Palavras-chave: Lactação, Enfermagem, Práticas de Cuidado, Cultura.


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