HEPATITE MEDICAMENTOSA E A ENFERMAGEM DE FORMA INTERDISCIPLINAR

Tarcia Mirian Postiguilhone, Daiene Barbosa Lopes, Geórgia Figueira Rampelotto

Resumo


Introdução: O fígado é um órgão muito importante levando em conta sua principal função de ação no metabolismo e eliminação de substâncias e toxinas. Existem grupos de medicamentos que são metabolizados no fígado e que podem ocasionar sérias alterações hepáticas, vindo a comprometer seu funcionamento se não diagnosticadas corretamente. Objetivo: Entender como a Enfermagem pode atuar de forma interdisciplinar nesse contexto bioquímico de farmacocinética e farmacodinâmica das medicações hepatotóxicas metabolizadas no fígado. Metodologia: Revisão de literatura através da pesquisa em biblioteca convencional e em sistema de busca na internet como SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) com trabalhos publicados no período de 2010 a 2014. Foram definidos os seguintes descritores: preparações farmacêuticas, efeitos colaterais e reações adversas relacionadas a medicamentos e assistência integral à saúde. Resultados: De acordo com as pesquisas científicas, certos fatores contribuem para a toxicidade hepática tais como: dieta consumida, idade do indivíduo, pré-disposição genética, doença subjacente e também consumos de outras drogas. Já por sua vez, a hepatite medicamentosa não é de causa infectocontagiosa, mas sim pelo uso desconhecido e/ou abusivo de medicamentos que sofrem efeitos de primeira passagem no fígado. Até que surja alguns sintomas, a hepatite medicamentosa vai se desenvolvendo de forma silenciosa, dificultando o seu reconhecimento e diagnóstico preciso. O tratamento principal é simples e direto: suspende-se imediatamente o uso de determinada medicação que está causando a doença e, se necessário, adere-se ao uso de corticoides, mantendo o acompanhamento dos exames das proteínas específicas do fígado até que haja o reestabelecimento e normalização dos índices corretos das enzimas metabolizadoras. Conclusão: Apesar de poder compreender melhor o tema abordado sobre os mecanismos e efeitos de hepatotoxicidade causado por medicações explicitamente metabolizadas no fígado, percebemos que muitas reações embora que imprevisíveis, se não ocorrer diagnóstico certo podem ter desenvolvimento grave e associado a um prognóstico reservado. O que por sua vez, evolui para complicações como também o surgimento ou não de outras doenças hepato-biliares. Com isso, ressalta-se a importância em que a enfermagem tem cada vez mais de ampliar suas formas de atuações, trabalhando num contexto multidisciplinar e também interdisciplinar aprimorando sua assistência prestada.

 

Palavras-chave: Assistência Integral à Saúde; Preparações Farmacêuticas; Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos.


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