USO DO METRÔNOMO COMO DISPOSITIVO DE FEDBACK DURANTE RESSUSCITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA

Elisângela de Almeida da Luz, Laisa Schuch

Resumo


Introdução:A parada cardiorrespiratória (PCR), evento frequente e perigosamente fatal, resulta anualmente em mais de 300 mil óbitos, dados esses somente da América do Norte. O fator mais importante para que se obtenha o retorno da circulação espontânea, nessa situação considerada a mais crítica nos atendimentos de emergência, é a pressão de perfusão coronariana (essa resultante da diferença entre a pressão diastólica da aorta e a pressão do átrio direito e responsável pela irrigação do miocárdio). Para que isso ocorra é imprescindível algumas ações durante a PCR. Conforme a última atualização das Diretrizes da AHA 2015 o tórax deve ser comprimido de forma rápida e forte, a uma frequência de no mínimo 100 a 120 compressões por minuto e aplicar pressão suficiente para deprimir o esterno em, no mínimo, 5 cm, e permitir o retorno completo do tórax após cada compressão.Objetivo: Analisar dois estudos sobre o uso do metrônomo como dispositivo de feedback durante as manobras de ressuscitação na PCR. O dispositivo está sendo utilizado em salas de emergência em substituição aos dispositivos de feedback convencionais. Metodologia: revisão de literatura desenvolvida através de material bibliográfico obtido de bases indexadas como SCIELO e biblioteca convencional, no período do mês de junho de 2017. As obras pesquisadas envolveram o período de 2012 a 2016. Resultados: Estudos demonstram que a maioria dos profissionais da saúde entra em esgotamento físico entre 60 a 90 segundos após o início das compressões torácicas externas. O desempenho dos mesmos cai drasticamente, indo contra o principio de manter um padrão de compressão eficaz. Conforme Diretrizes da AHA 2015, se não houver dispositivo de feedback (como o QCPR) pode-se considerar a utilização de orientação auditiva para melhorar a adesão às recomendações referentes à velocidade das compressões. Porém, durante estudo realizado na sala de emergência de um hospital universitário com o referido aparelho, os desfechos dos pacientes pós-PCR com e sem a utilização do metrônomo durante a RCP foram semelhantes, não havendo diferença nas taxas de sobrevivência e retorno da circulação espontânea entre os grupos. Em outro estudo a utilização mostrou-se eficaz em relação ao ritmo ditado pelo aparelho que foi estímulo sonoro importante para que o socorrista não perdesse o ritmo das compressões comparado ao grupo que não utilizou o mesmo. Conclusão: O metrônomo é tipo um relógio que tem função de aferir o espaço de tempo musical, produzindo pulsos de duração regular. Nos metrônomos eletrônicos cada tempo do compasso é indicado pelo piscar de um LED (light-emitting diode) e por um som eletrônico. Como mecanismo alternativo é financeiramente mais viável que os dispositivos dos monitores convencionais. O socorrista presta atenção no ritmo sonoro e imprime o ritmo das compressões. Quando percebe que está saindo do ritmo ditado pelo instrumento solicita troca com um colega, para que se mantenha o ritmo de 100 a 120 compressões/minuto seguindo corretamente o protocolo de PCR, otimizando os esforços de ressuscitação. Palavras-chave: parada cardiorrespiratória, emergência, cuidados de enfermagem


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