ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE TERMINAL

MARICLEN DA SILVA PEREIRA, MALONE DORNELLES SILVA, CHIMENE MENDEL SCHUSTER, LAISA XAVIER SCHUH

Resumo


INTRODUÇÃO: O câncer compreende um problema de saúde pública de grande relevância epidemiológica no que se refere à incidência e à mortalidade. Diante de um quadro progressivo e irreversível, a atenção paliativa corresponde a um modo de cuidar amparado em uma filosofia que preza o cuidado com a vida humana em detrimento das ações que visam essencialmente a cura da doença. Nesse contexto, os cuidados paliativos objetivam a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, envolvendo uma equipe multidisciplinar, frente a uma doença que ameace a vida, por meio de medidas de identificação precoce, prevenção e alivio do sofrimento e tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, espirituais e psicológicos. A enfermagem exerce papel fundamental nesse sentido, visto que são esses profissionais que se encontram diariamente ao lado do paciente durante a internação hospitalar. Assim, faz-se necessário compreender todos os mecanismos envolvidos no processo saúde doença e despender atenção ao ser humano integralmente, considerando suas particularidades. OBJETIVOS: Identificar fatores que contribuam para qualidade da assistência de enfermagem ao paciente terminal. METODOLOGIA: pesquisa bibliográfica, com busca nos bancos de dados online como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Utilizando os descritores: cuidados paliativos e enfermagem. Foram incluídos artigos com texto completo publicados em português nos últimos cinco anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com os artigos selecionados a assistência de enfermagem ao paciente terminal ainda se restringe aos cuidados físicos, evidenciando-se o despreparo para as questões emocionais e psicológicas do paciente e sua família. Destaca-se, por unanimidade, a comunicação como principal elemento potencializador do cuidado ao paciente terminal, pois é através dela que o profissional estabelece vinculo de confiança com o paciente e sua família, onde expressam seus anseios e há troca de informações. Ademais, a comunicação entre a equipe multidisciplinar favorece a consonância entre as condutas relacionadas ao paciente e facilita o planejamento de novas ações, além de conferir ao profissional maior segurança e autonomia no cuidado. CONCLUSÃO: sugere-se educação continuada e capacitação para os profissionais envolvidos no cuidado ao paciente terminal com o objetivo de desfazer os estigmas relacionados com a terminalidade, produzir conhecimento acerca de novos métodos específicos para pacientes sob cuidados paliativos e desenvolvimento de habilidades como a comunicação na assistência ao cliente terminal. Além disso, é importante fomentar discussões sobre a temática durante a graduação, a fim de formar profissionais preparados e sensibilizados para uma prática assistencial voltada ao bem-estar biopsicossocial do indivíduo.Descritores: Cuidados Paliativos, Doente Terminal, Comunicação.

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