AS INFLUÊNCIAS MIDIÁTICAS NA QUEDA DOS ÍNDICES DE VACINAÇÃO NO BRASIL

Eliza Moura Sanson, Luiza Cremonese

Resumo


INTRODUÇÃO: O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo seu amplo programa de imunizações, onde são disponibilizadas vacinas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde para toda a população. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), foi criado em 1973 e em seu início contava com apenas quatro tipos de vacinas e atualmente, oferta 27 vacinas à população sem nenhum custo. Nosso país já erradicou várias doenças de alcance mundial por meio da vacinação, como a varíola e a poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil. Porém, desde 2013 os índices de cobertura de vacinação dessas e outras doenças, estão diminuindo ano a ano em todo o país, o que acaba ameaçando a saúde da população com a volta de doenças já erradicadas anteriormente. OBJETIVO: Conhecer a produção de mídia digital e impressa acerca da queda dos índices de imunizações no Brasil. METODOLOGIA: Realizada uma revisão narrativa. A fonte de busca se constituiu de mídia digital e impressa materializada em jornais e revistas acerca da temática, com acesso gratuito e no idioma português. A pesquisadora coletou os dados no mês de Outubro de 2018. RESULTADOS: A meta de cobertura de vacinação no Brasil é de 95%, o que em muitos anos já se passou desse número. Um exemplo disso é a vacina da tríplice viral, que é realizada contra o Sarampo, Caxumba e Rubéola, que tinha cobertura aproximada de 100% no ano de 2014, e desde aí veio caindo, ficando no ano passado com 85%. Já a vacina contra a poliomielite, caiu sua cobertura para 78% em 2017 no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 312 municípios estão com a cobertura vacinal contra poliomielite abaixo de 50%, o que nos causa um sinal de alerta para as causas de não vacinação das crianças. A sociedade Brasileira de Imunizações traz que a redução na cobertura vacinal pode ter relação com a sensação de baixo risco das pessoas em relação às doenças que já foram controladas. Outro fator que pode ser considerado nessa situação, é que nas redes sociais como o facebook, são compartilhadas muitas informações equivocadas sobre as imunizações, o que acaba gerando muita dúvida aos pais sobre a eficácia das vacinas e os efeitos colaterais. Ainda, devemos levar em conta que quando ocorrem os raros casos em que as vacinas causam reações adversas, ganham uma expressiva exposição nos meios de comunicação, criando uma ampla dimensão falsa dos riscos, o que demonstra a influência da mídia na vida das pessoas. CONCLUSÃO: É possível ter de volta o aumento dos índices de vacinação, por meio de um trabalho em conjunto de diversas classes profissionais da saúde, onde é preciso desmitificar o que vem sendo vinculado nas mídias sociais e esclarecer qual a importância da vacinação na vida da população em todas as faixas etárias, explicar que os efeitos adversos existem, mas são raros e de simples resolução, quando comparado ao que pode ocorrer caso alguém contraia alguma patologia.

 

Palavras-chave: Imunização; Epidemiologia; Vacinação;

 


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