COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO À PESSOA POLITRAUMATIZADA REVISÃO INTEGRATIVA

jeferson alves horbach, Luiza Cremonese Cremonese

Resumo


Introdução: Na atualidade, o Brasil encontra-se em quinto lugar em registros de acidentes de trânsito, ficando atrás somente da Índia, China, EUA e Rússia. Cotidianamente, cerca de 16 mil pessoas morrem por lesões do trauma, diante disso, lesões causadas por trauma são caracterizadas como um problema de saúde pública de grande relevância e transcendência. Nos Estados Unidos, há relatos de cerca de 60 milhões de traumas anualmente. Conforme o DATASUS, no Brasil, nos primeiros dez meses de 2012, 482 mil internações foram ocasionadas por traumas e foi registrado 11 mil óbitos na mesma época. Dentre as competências do enfermeiro, inclui-se como habilidades requeridas perante uma pessoa politraumatizada, conhecimento técnico-científico, agilidade e planejamento de prioridades, para que interceda de forma resolutiva, tendo convicção de que uma assistência qualificada aumenta a probabilidade de sobrevivência, diminuindo os índices de sequelas irreversíveis. Devido as recentes atualizações no atendimento às emergências no Brasil, e a relevância de morbimortalidades causadas por acidentes e violências, tem-se aumentado a necessidade de estudos na temática do trauma para contribuir com o conhecimento da comunidade científica e assistencial. Objetivo: Identificar, na literatura científica, as competências dos enfermeiros no atendimento à pessoa politraumatizada. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, que teve como questão guia: quais competências são requeridas do enfermeiro no atendimento à pessoa politraumatizada? Para responder o questionamento, realizou-se uma busca sistematizada nas fontes Lilacs e PubMed. Utilizou-se como critérios de inclusão artigos originais, nos idiomas inglês, português ou espanhol, que tratassem das habilidades de enfermeiros no atendimento às pessoas politraumatizadas, independente do serviço de atuação. Resultados: Ao prestar atendimento ao paciente politraumatizado, é imprescindível que a equipe de enfermagem esteja em alerta quanto às necessidades do paciente, verificando os sinais vitais, e aderindo à procedimentos iniciais com o intuito de ofertar melhores condições de recuperabilidade. A triagem inicial do politraumatizado estabelece um pilar essencial na sistematização do atendimento, sendo então empregado o protocolo denominado Suporte Avançado de Vida no Trauma, traduzido do Inglês Advance Trauma Life Support (ATLS) fazendo uso do ABCDE do trauma que consiste em A-(Airway): Vias aéreas; B-(Breathing): Respiração e ventilação; C-(Circulation): Circulação, controle da hemorragia e monitorização; D-(Disability): Incapacidade, estado neurológico; E-(Exposure / Envionmental Control): Exposição, que organiza a sequência de prioridades para a manutenção da vida. Conclusão: É válido ressaltar a magnitude de se incentivar a estruturação de conhecimento técnico-científico no que tange o tema “Urgência e Emergência”, tendo em vista que essa área incorpora um grupo de enunciados clínicos que representam altos índices de morbimortalidade e têm uma evolução diretamente ligada às intervenções clínico-cirúrgicas e da enfermagem que são empregadas. Portanto, atualizar e aperfeiçoar o conhecimento acerca do trauma e de seu manejo é indispensável para o profissional da saúde.

 

Descritores: Trauma, Papel do Enfermeiro, Emergência.

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