A PERCEPÇÃO DO SENSO COMUM X O ESTUDO DA PSICOLOGIA ACERCA DA PERSONALIDADE DO SUJEITO CRIMINOSO

Jéssica Barbosa Carlotto, Dara Correa Moreira, Maria Luiza Pozzobon Costa, Michele Maciel Iores, Laura Morais Machado

Resumo


Definida por um conjunto de traços que caracteriza o indivíduo como ser único, a personalidade é peça central de diversos estudos na Psicologia. Ao relacionar esta conceituação à área forense, discute-se a existência de características específicas que estariam diretamente relacionadas aos sujeitos criminosos. A fim de desvelar se a opinião pública está alinhada à ciência, foi realizado um levantamento quantitativo com o intuito de comparar os resultados acerca da percepção popular sobre a possível personalidade criminosa em tendo como comparação os apontamentos obtidos por meio de uma revisão bibliográfica. De modo geral, os entrevistados defenderam que a personalidade de um criminoso seria, majoritariamente, concebida por fatores sociais e ambientais; instaurada na adolescência; sem raça de incidência predominante; mais comum em jovens de baixa renda e com apresentação tanto de um comportamento violento e agressivo quanto daquele considerado socialmente “normal”. Segundo autores do ramo, a personalidade é construída por elementos variados e, no caso de criminosos, estes se subdividiram em cinco tipos: o nato, de origem genética; o louco, por desajustamento mental; o profissional, devido à influência do meio; o primário, por condições circunstanciais, e o passional, em função de desequilíbrio emocional. Desta forma, entendeu-se que as opiniões oriundas do senso comum, assim como os levantamentos teóricos, convergem para a hipótese de que a personalidade criminosa seria multifatorial, constituída por elementos biopsicossociais que variam e podem ou não interferir na constituição do sujeito, tornando extremamente complexo o ofício de estudar o crime e a criminalidade.

 

Palavras-chave: Criminalidade, Personalidade, Psicologia Criminal.


Referências


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