Descobrindo e Aprendendo Através das Cores Primárias e das Formas Geométricas
Resumo
RESUMO
O presente projeto relata ações desenvolvidas durante o estágio curricular de educação infantil, realizado na E.M.E.I APCRIM no turno da tarde, na turma do Pré-B1. O trabalho envolveu a elaboração de um projeto cujo tema é Descobrindo e Aprendendo Através das Cores Primárias e das Formas Geométricas, pois percebeu-se que era de extrema importância utilizar o mesmo, para desenvolver habilidades motoras e cognitivas. Nesse sentido, é fundamental proporcionar à criança a visualização, exploração e contato de diversos objetos que facilitem a assimilação das cores e formas. O projeto teve como objetivo propiciar aos alunos da educação infantil o aprendizado sobre cores primárias e formas geométricas, de uma maneira mais lúdica e diferenciada. Para tal, a metodologia desenvolvida foi através de contações de histórias, atividades com recorte e atividades práticas lúdicas e diferenciadas. Assim, foi proporcionado aos discentes, atividades com papel crepom, têmpera, lã e folhas coloridas, que estimulassem o desenvolvimento motor e cognitivo, além de brincadeiras- circuitos que desenvolveram a coordenação motora ampla e a cooperação entre os colegas. Outro aspecto essencial. Por fim, ressalta-se que o trabalho desenvolvido durante o estágio, foi satisfatório, tanta para a acadêmica, quanto para as crianças, pois percebeu-se uma evolução, um brilho no olhar de cada educando no decorrer das atividades propostas. Assim o tema tornou-se relevante, uma vez que, trabalhar as cores e as formas nessa fase possibilita aos discentes construir conhecimento, desenvolver habilidades, propiciando uma harmonia entre o corpo e a mente.
Palavras-chave: criança, habilidades, história.
INTRODUÇÃO:
Os cursos de nível superior possibilitam aos seus acadêmicos colocar em prática as aprendizagens adquiridas ao longo do curso e isso ocorre, através do estágio curricular, pois, é a partir dele que os mesmos se deparam com a responsabilidade da profissão que irão assumir no mercado de trabalho.
Nessa linha de pensamento (SANTOS, VELOSO, VELOSO E ROSA, 2016) destacam que os estágios proporcionam ao acadêmico vivenciar a teoria e prática, como aspectos básicos da formação docente. É um momento de análise crítica dos estudos teóricos constituindo-se como parte do processo de ensino aprendizagem e reflexão científica do exercício da profissão. Cumpre com sua finalidade quando possibilita aos alunos uma análise das realidades sobre as quais irão enfrentar e discussão de questões de ensino e procedimentos pedagógicos.
A observação e a prática do estágio de educação infantil foram realizadas na Escola Municipal de Educação Infantil APCRIM, na turma de Pré-b, no turno da tarde, ocorrido entre 19 de abril de 2018 a 20 de março 2018. O estágio abordou o tema “Descobrindo e Aprendendo Através das Cores Primárias e das Formas Geométricas’’, que tinha como finalidade propiciar aos alunos da educação infantil o aprendizado sobre cores primárias e formas geométricas, de uma maneira mais lúdica e diferenciada..
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Os estudos sobre educação infantil exigem que saibamos quando e por que a infância foi se tornando tão importante. Por isso, é necessário compreender que a mesma possuí extreito vínculo com o nascimento da literatura infantil, e com a mudança no conceito de família.
Nesse sentido, é importante salientar que, até meados do século XVII, a criança era vista como um adulto em miniatura, pois não possuía nem vez e nem voz na sociedade da época, tanto que ainda muitos pequenos começavam a trabalhar com sua família. Dessa forma, a infância começou a ganhar espaço mesmo no momento em que a igreja católica pressionou os burgueses em relação à educação das mesmas, que na visão deles deveria ser rígida, tornando-os obedientes.
Além disso, percebia-se na época que as mesmas pela falta de atenção e cuidado nasciam e desapareciam feito animais, na maioria das vezes sendo enterradas no quintal de sua própria casa. Em alguns casos eram comparadas nos primeiros anos a bichinhos engraçadinhos, com o intuito de distrair os adultos, e também, não possuíam nem ao menos uma representação em seus túmulos ou em pinturas religiosas, já que eram considerados seres impuros, malditos, e sem valor algum.
Cabe destacar que não recebiam nenhum tipo de afeto de sua família, principalmente de sua mãe, visto que eram após o nascimento entregues a amas de leite, que ficavam responsáveis por essa criação. Nesse sentido, muitas dessas crianças não sobreviviam ou não chegavam à adolescência, pois não recebiam os devidos cuidados. Como destaca Stone apud Zilbernann (2003, p.36-37)
As crianças eram frequentemente negligenciadas, tratadas brutalmente e até mortas; muitos adultos tratavam-se mutuamente com suspeita e hostilidade; o afeto era baixo e raro. [...] A falta de uma única figura materna nos primeiros dois anos de vida, a perda constante de parentes próximos, irmãos, pais, amas e amigos devido a mortes prematuras, o aprisionamento físico do infante em fraldas apertadas nos primeiros meses e a deliberada quebra da vontade infantil, tudo contribuiu para um ‘’entorpecimento psíquico’’, que criou muitos adultos, cujas respostas aos outros eram, na melhor dos casos, de indiferença calculada e, no pior, uma mistura de suspeita e hostilidade, tirania e submissão, alienação e violência.
A partir daí, surge à primeira instituição de infantes, denominada Escola Tricô, sendo inaugurada na França em 1767, pelo pastor Jean Frederick Oberlin, no entanto quem ensinava era sua esposa Madeleine, tinha esse nome em função de que as crianças faziam um círculo em volta da professora, no qual, assistiam ela a fazer tricô.
De acordo com Krieger (2008), os infantes conheciam a língua e compreendiam o mundo em que viviam, através de figuras e acontecimentos importantes no seu cotidiano, utilizando já naquela época fatos e acontecimentos significativos na aprendizagem das crianças.
Influenciado, por Rousseau e Pestalozzi, Robert Owen em 1816 cria a escola de educação infantil e uma creche para as famílias que trabalhavam em seu moinho, proibindo que as crianças pequenas trabalhassem e também restringiu o horário dos afazeres das mais velhas. Na visão de Krieger (2008), aos educadores era aconselhado formar bons hábitos e ajudar os pequenos a se tratarem de uma forma gentil, bem como, que pudessem estar ao ar livre quase o tempo todo, para que assim conseguissem aprender através da sua curiosidade, levando-as a fazerem indagações, como também usando o movimento por meio da dança, a voz para cantar e não fossem importunadas com livros, evitando também punições ou restrições para com sua aprendizagem.
Na mesma linha de pensamento, inicia-se em 1873, na Alemanha, o jardim de infância que tinha por principal finalidade que as crianças aprendessem de forma livre, utilizando brinquedos, o trabalho manual e o estudo da natureza. Froebel apud Oliveira (2005) enfatiza que as crianças eram pequenas sementes que precisariam ser adubadas e expostas a condições adequadas em seu meio, possibilitando assim, o desabrochar de sua divindade interior em um tempo de amor, simpatia e encorajamento para aprenderem livremente sobre si mesmo e sobre o mundo no qual estão inseridos.
Com isso, na concepção de Kuhlmann (2010), a escola substituiu a aprendizagem como meio de educação, e a criança deixou de se misturar com os adultos e de aprender diretamente com vida, passando assim a viver uma espécie de quarentena na escola. Por outro lado, este afastamento aconteceu com a cumplicidade sentimental da família, que se tornou um lugar de carinho necessário entre os cônjuges e entre pais e filhos.
A partir disso, é que o acesso das crianças nas escolas acabou ficando mais fácil, possibilitando que seus familiares pudessem trabalhar mais sossegados. Todavia, é necessário salientar que, a expansão dessas escolas foi muito acelerada, e por isso, houve e ainda há até hoje uma grande lacuna na qualidade dessa educação ofertada por essas instituições escolares, deixando para pais, alunos e professores inúmeras indagações e reflexões referentes a esse assunto.
METODOLOGIA:
As metodologias utilizadas durante o estágio foram essenciais para que houvesse um resultado positivo durante a realização do projeto Descobrindo e Aprendendo Através das Cores Primárias e das Formas Geométricas, uma vez que utilizar essa temática na educação infantil é imprescindível para que haja um aprimoramen no desenvolvimento das atividades e no desempenho de cada criança, sendo assim utilizei uma metodologia mais lúdica e diferenciada para que os discentes assimilassem melhor os conteúdos. Assim, foi utilizada também contação de histórias, vídeos sobre as cores e as formas, recorte, atividades xerocadas, atividades práticas com material concreto, atividades lúdicas e diferenciadas
A avaliação foi realizada através da interação e envolvimento com os conteúdos cores e formas geométricas, colegas e professora com o projeto ''Descobrindo e Aprendendo através das cores primárias e formas geométricas''.
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS:
Ao realizar o Estágio Curricular de Educação Infantil, constatei que é de suma importância dar oportunidades aos educandos de realizarem atividades diferenciadas e práticas, fazendo com o apreender se torne mais significativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Por tanto, ao final desse estágio pude concluir que é essencial você amar sua profissão e as crianças respeitando todas as suas diferenças e peculiaridades. Dessa forma, na hora de criar seu planejamento é fundamental levar esses aspectos em conta, bem como as vivências e as experiências que as crianças já possuem sobre determinado assunto, e trazendo isso para as aulas, fazendo com que se tenha um aprendizado mais lúdico e significativo.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Educação. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Brasília, 2018.
DIAS, Coutinho Karyane. Pesquisa: o aluno da educação infantil e dos anos iniciais. – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2007.
DIDONET, Vital. Creche: a que veio, para onde vai. In: Educação Infantil: a creche, um bom começo. Em Aberto/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. v 18, n. 73. Brasília, 2001.
KUHLMANN JR., Moisés. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.
KRIEGER, Maria da Graça Taffarel. Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Educação Infantil. [Obra] organizada pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). – Curitiba: Ibpex, 2008.
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